Desfragmentada
de mim,
Essência
roubada,
Não sei
mais compor.
Falta-me
leveza,
Teu cheiro,
meus sonhos,
Faltas-me
tu, meu amor!
Ciúme dos
dias que te consomem,
Dos desejos
que te atiçam,
Dos
riscos que te desafiam.
Do
tempo gasto em viagens,
No trabalho
e nos silêncios.
Ciúmes de
tuas conquistas,
Teus portos
e ancoragens.
Quisera
eu ser teu perfume,
Tatuada
em ti quebrar limites.
Narrar nossos
avanços,
Que no
balanço da vida
Não
pouparão emoções,
Artifícios,
ousadias, vazão,
Necessidade-vontade!
Minha
tentação e desejo!
Tua
loucura e maturidade
Me brindam
em distrações.
És meu
homem-menino!
Para
meu deleite, no teu leito
Do leite
que vertes de ti
Se
encarrega tua menina,
Eu, tua
Potira Cunhataí.
Que
como flor faceira,
Te lembra
a seta que levas
E o
alvo de teus encantos.
- Pássaro
preso canta triste!
Tem
saudade das nuvens,
Da alegria,
das cores,
Do sol
e do calor...
Se
contorce, geme baixinho,
Assíncrono
e sem fervor.
Da
gaiola aberta flui a vida.
Liberdade,
voo alto, imensidão.
Pássaro
esculpido na pedra,
Ergues
tuas asas, disfarças
Tua imensa
satisfação.
Inventes
um novo tempo
Sem
ponteiros, sem vícios,
Sem fim
nem início!
Traga,
entretanto, contigo,
Da certeza, o mais forte indício,
Sem
lapsos nem colapsos,
Meu
carinho quer ser teu abrigo.
Um comentário:
Que coisa mais linda, Rosilda! Estou emocionada até agora. Parabéns!
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