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domingo, 11 de novembro de 2012

Poesia joinvilense


Corprisão 
(Rosilda da Silva)

Sufoco a saudade
Pisando geadas cortantes
E sentindo no peito
Um rouco gemido.

Fiapos de angústia
Escapam pelos olhos
E um doer suave
Dilacera o coração.


Coisas de amor
Não se entendem.
Mas, se não é amor,
O que isso então?

Saudade do que não tive
Do que não vivi,
Do que não sonhei...

Saudade...
Do que poderia ter sido
Se tivesse sonhado.

Mas nesta agitação perene
De brincar com as palavras,
De fazer da linguagem
Uma aliada

Não consigo controlar
A inquietação que sinto
No meu mundo interior

Que percebe as fissuras
Da vida, corpo e estética
E lê na loucura do tempo
O caos dos silêncios...

Infinda clausura
Do lavor intectual.

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