Brincadeira de criança, como é bom! É como um dia de calor, ver as
formiguinhas em procissão.
Em setembro, o clima começa a ficar mais ameno e a vontade de brincar no quintal aumenta.
Fazer bolhas de sabão, arco-íris que tomam diferente rumos.
Olhava para o céu azul, levantava minha mãozinha, queria
tocá-lo. Olhava a bolha que
brilhava, que molhava a mão e se espalhava.
Nas argolas me apresentava como um ginasta em movimento de asas de
anjos, como se meu corpinho me impulsionasse para longe da terra.
Brincar de bicicleta também era muito bom, em minhas montarias,
sentia em cada pedalada a fantasia, a energia de meu corpo passando pelas
rodas, sentia o vento no rosto e mergulhava de alegria nas curvas aceleradas de
meu coração.
Tenho saudades de muitas coisas do meu tempo de menininha: ninar
boneca sem receio, brincar de pique, de corda e peteca.
Guardo na memória, a esperança de reencontrar os quintais em que
brinquei, de subir na goiabeira e nelas fazer um balanço.
Caminhar descalça sem me importar com nada.
Vigiar o jardim da mamãe, espiar as rosas, desejosas de roubá-las
para dar às professoras.
Nossas brincadeiras de infância, como podem imaginar eram um mundo
de encanto e magia.
Nessas brincadeiras que podiam ser simples tinham sempre muitas gargalhadas.
Hoje penso: Meus brinquedos cresceram, abandonaram minha casa.
Aquele pequeno anel que tu me deste, ai de mim, era vidro e logo
se quebrou...
Assim também minha infância, sem avisar, foi pouca e logo se
acabou!
Um comentário:
Lindo texto, parabéns.
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