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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A Rainha da Borborema recebera o Velho Chico - Aluna: Kelly Rayane Soares Cavalcanti


Estamos vivendo um processo de crescimento satisfatório para a economia
regional e nacional. Um desses processos envolve a única fonte de vida de
milhões de nordestinos, especialmente os petrolinenses: o rio São Francisco.
Uma beleza indecifrável pelos poetas e cantores que idolatram a perfeição,
a cultura e a saga dessa maravilha natural manifestada nos cordéis e nas
obras musicais.
Transposição, uma palavra, motivo de muitos calafrios entre a população
ribeirinha, que ecoa de forma diferente no ouvido daqueles que anseiam por
uma nova expectativa de vida. Para alguns o fim; já para outros, a salvação. E
é essa duplicidade de significados que confunde a cabeça de uma parcela da
sociedade brasileira, que se divide entre discordar e concordar com essa obra.
A realidade é a seguinte: a transposição é necessária, porém inadequada
devido à falta de cuidados dos próprios ribeirinhos; talvez se o rio não se
encontrasse tão degradado, esse problema já estaria resolvido sem revoltas,
greves de fome e falta de consciência por ambas as partes, tanto dos contra
quanto dos favoráveis a essa obra polêmica que enfoca uma disputa entre
a razão – defendida pelas famílias que buscam melhorias ao adquirir água
potável – e a emoção de quem busca a proteção contra qualquer tipo de obra
que não seja de revitalização.
Meses atrás foi possível acompanhar pela imprensa a luta do bispo Dom
Luís Cappio, que enfrentou dias de greve de fome, recebendo o apoio dos
esquerdistas contrários à obra. Estes consideraram a greve como um grande
ato heróico; para outros foi um tremendo exagero inútil, pois governo nenhum
desconsideraria um investimento milionário por apenas um indivíduo revoltado
que resolveu agir.
Pode até ser estranho, querido leitor, mas eu, como um cidadão ribeirinho, sou
a favor dessa obra. Defendo o lado da razão, isso porque já vi de perto o quanto
é penosa a vida de quem anda quilômetros para ter em casa a água para fazer o
café da família. Viajo pelo interior do meu município e tenho convicção do que
digo: a transposição é um meio de melhorar vidas.

Já no que se refere à destruição do rio, penso que deverão ser elaboradas metas de
prevenção e revitalização, desbancando assim o comodismo das pessoas.
O pensamento dos “antitransposição” é ter o rio, quando o necessário é mantê-lo
vivo, pensar na ação de hoje e não na possível conseqüência de anos à frente. Por
isso apóio a transposição desde que haja revitalização, pois o Nordeste vai melhorar
com essa obra. Não é dúvida, é certeza.

Professora:Érika Jane Ribeiro Escola: Escola Paul Harris Cidade: Petrolina – PE

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