Leio nos jornais, vejo na TV, ouço nos rádios notícias sobre o grande Festival de Dança
de Joinville, ouço que importantes personalidades vêm para dançar, se apresentar e assistir
ao evento. Meu coração exulta. Alegro-me.
Penso nos sons emitidos lá no Centreventos: num minuto, o silêncio, o tum-tum do coração;
a seguir, somente a música e os passos dos bailarinos no palco. No minuto seguinte,
os gritos e as palmas vêm numa explosão de emoções, como o som do triunfo para eles.
Vejo, na rua, a alegria e as cores que antecedem esse evento como um grande carnaval fora
de época. Penso nos grandes bailarinos que, como borboletas voando no ar, livres, leves,
harmoniosas, com suas cores, nos remetem a um mundo mágico, encantado, proporcionando
leveza de espírito e alento à alma.
Penso no trabalho árduo das pessoas no cotidiano, nos sons das fábricas funcionando
a pleno vapor, na correria para pegar um ônibus e chegar ao seu destino de todo dia e
como, por instantes, nos transportamos para dentro desse mundo da dança, onde só existe
a música, e você dialogando em passos que a Lua escreveu às estrelas.
Penso na cidade unida, como uma grande corrente, todos pela mesma causa: a dança.
Penso nas amizades, amores, lástimas, tristezas que afloram nesses momentos. Penso
no bem que faz à cidade, tanto no nível econômico quanto no cultural, e vejo que é mais do
que apenas um festival para divertir-nos, mas sim um espetáculo fascinante que nos ensina
mais do que possamos imaginar.
Penso que todas as pessoas, os dançarinos, os coreógrafos têm uma história de superação
para ter chegado até onde estão hoje. Penso neles como grandes pessoas que conseguiram
o que queriam com grande esforço e sacrifício físico e emocional.
Penso que talvez as pessoas que estejam na cadeia ou nas ruas, se tivessem presenciado
algo de tanta sensibilidade como o nosso Festival de Dança, se encantariam e poderiam saber
que a vida pode ser bela, e talvez fizessem dela algo bem melhor do que é na realidade.
Penso que um espetáculo desses nunca, jamais, deveria ser perdido por alguém que
tem essa oportunidade única de cultura.
Professora: Elizabeth Mendes da Silva
Escola: E. M. Valentim João da Rocha • Cidade: Joinville – SC
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