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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Cidade maternal - Aluno: Lucas Martelli de Medeiros Silva

Vivo no sudeste nacional, na Nova Iorque brasileira, a cidade que nunca para. Vivo na cidade de São Paulo. Durante o dia, suas estradas transformam-se em veias, cada pequeno cidadão é uma hemácia no fluxo frenético da cidade, cada edifício é uma parte do esqueleto, sua estrutura; cada janela, de cada prédio, de cada casa, faz parte de sua visão. Vejo os fios de alta voltagem fazendo ligações entre si, tal como neurônios.
À noite, um novo mundo surge, surge também uma nova cidade. Ouço na batida constante dos bailes a batida de um coração, no vento que sopra frio e sereno, sua respiração; nas sombras noturnas e na escuridão, seu lado obscuro. 
A São Paulo que possui temperamento forte, cidade que, se fosse gente, seria mulher, e, como mulher, seria, ou melhor, é mãe, mãe que abriga em seu ventre filhos dos mais variados sotaques, filhos que vêm de longe, além da serra, além do mar, além do seu horizonte, além. Cidade, que além de mãe, é o romance de várias e várias pessoas, homens e mulheres, crianças ou idosos - difícil não se apaixonar por essa bela senhora. Entretanto, difícil é também não sentir dores no peito, ao ver a face triste da cidade: tristeza, morte, fome, vidas alienadas...
São Paulo, a cidade que tem uma surpresa em casa esquina, em cada beco, em cada praça, em cada rua. Que tem mil faces e mil lugares, lugares, muitas vezes, paradoxais, Édens e Tártaros dividindo o mesmo espaço, onde é comum a miséria andar lado a lado com o luxo, onde, constantemente, a humildade cruza com a soberba.
Terra da garoa, bebo do seu sangue, nado em seu olhar, respiro o seu perfume, pulso ao seu pulsar, vivo em seu fluxo que não para um segundo e, a cada novo dia, encontro um novo mundo.

Professora: Adriana da Silva Chaves 
Escola: Escola Técnica Estadual Parque da Juventude • Cidade: São Paulo – SP

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