QUEDA DE BRAÇO
Finjo que vou na direção contrária
Me seduz o eterno mas só aposto
“no amor que houver nessa vida”.
Brinco de ir na direção contrária-
Baile de máscaras para disfarçar a caça
(o mundo masculino me diria devassa!)
Destravo o tambor da bala
Mas apenas brinco de roleta russa:
Amar assim me exige, me custa
Me banho no fio da navalha dessa dúvida: nada assumo... sumo
... mas a ficar só comigo escolho o não-pulo (é claro!) e -curiosa –
Apenas flerto com o abismo.
A me encharcar de lágrima (outra vez não!)
Só molho o dedinho do pé nessa possibilidade.
A virar todo o pote, relutante provo teu sal e teu açúcar
Assim te tenho na ponta da língua,
Agridoce da dúvida de um quase-amor.
Ah! Mas é tão banal anestesiar os sentimentos,
Viver se defendendo
que inda prefiro brasear a ponta dos dedos
a ficar assistindo passiva a todo esse São João.
2 comentários:
Obrigada por publicar. :)
Obrigada por publicar. Um grande e fraternal abraço. Sandra
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