"Um dia chega de uma extrema doçura: tudo arde. Arde a
luz nos vidros da ternura. As aves, no branco labirinto da cal. As palavras
ardem e a púrpura das naves. O vento, onde tenho casa à beira do outono. O
limoeiro, as colinas. Tudo arde.
Na extrema e lenta doçura da tarde".
Eugênio de Andrade
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