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domingo, 9 de dezembro de 2012

Literatura de Informação

“A feição deles é serem pardos,maneira de avermelhados,de bons rostos e bons narizes bem-feitos. Andam nus,sem coberta alguma.Não fazem o menor caso de encobrir ou mostrar suas vergonhas,e nisso têm tanta inocência como têm em mostrar o rosto.”

Nestas palavras escritas por Pero Vaz de Caminha, em carta enviada às mãos de Dom Manuel, rei de Portugal, são consideradas a certidão de nascimento do Brasil, há o início de registros escritos a cerca de uma terra recém descoberta oficialmente por Pedro Álvarez Cabral. Entre 1500 e 1601, este período é considerado como o da Literatura de Informação  ou Literatura dos Viajantes.

Martim Afonso de Sousa, em 1530, veio com a missão de iniciar o processo de colonização, cuja ocupação efetiva ocorreu quatro anos depois, com o estabelecimento das capitanias hereditárias. Aqui havia uma organização tribal indígena, que a partir de 1549, com a vinda dos jesuítas (catequese e educação), foi perdendo identificação de suas raízes culturais e religiosas, sendo a dança e a música as únicas a ficarem quase intactas no processo de colonização.
Nas terras da nova colônia de Portugal, muitos viajantes, escritores e cronistas passavam registrando as características da terra (flora e fauna), dos nativos, físicas em geral, cultural e étnica. Nesta fase há manifestações poéticas e teatrais por parte dos jesuítas com o objetivo de catequisar os índios.
Seja no caráter histórico ou literário, foram impressões importantes, mas nesta fase os escritos eram considerados mais essenciais para a questão histórica e informativa. O peso literário do texto é mais revelado no entendimento e na percepção particular do viajante, a literatura sempre marca um tempo de forma objetiva e subjetiva.
Nos textos dos cronistas viajantes encontra-se o interesse pela colônia e pelas suas riquezas naturais,a curiosidade dos europeus pela nova terra e o confronto entre o homem selvagem e o civilizado. É um conjunto de descrições documentais a respeito de um novo paraíso.

Fontes
“Língua e literatura – Faraco & Moura – Vol 1.ed.Ática
História 1.Ed.Lê”
www.infoescola.com

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