Se é dor na alma
Ou falta de calma
Não saberia dizer.
Mas, quando dói o lado esquerdo do peito
Uma dor assim, dessas que não tem jeito,
Que mais se há de fazer?
É urgente procurar a alegria perdida.
Promover um ataque soturno
Aos desprazeres.
Cozer em fogo baixo
Os amargos dissabores da vida,
E temperar em agridoce
As exuberâncias volúveis dos dia a dia
Rearranjando um caminho melhor a ser trilhado.
É hora de deixar as desculpas de lado
E investigar a cratera que no peito formou-se.
Hora de interpretar os sinais.
Reconhecer que o período das adversidades chegou.
Como um colapso fulminante
Que hipnotiza o tempo e inocula incertezas.
Mas, como um puma selvagem,
É preciso reerguer-se.
Dar um novo salto e,
perceber que
Mesmo que fustigue ou fulgure,
A beleza da vida
É uma questão de olhar.
(Rosilda da Silva)
(Rosilda da Silva)
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