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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Estranhas Querenças - Rosilda da Silva


Tantos sonhos, desejos, carência. Imagino a gente de mil formas, em mil fantasias, fazendo aquilo que temos vontade e que a liberdade de quatro paredes nos permitir.  Seremos só nós dois.  Ninguém mais. Nada mais. O tempo ficará impedido de entrar. Assim como também a realidade, os entraves e essa distância sem graça que nos separa.

Terás permissões que julgas inimagináveis, carícias  intermináveis e o calor do meu corpo incendiando o seu. Ou será o seu que me deixará em brasa? Na dúvida, será preciso observar mais de perto esse ponto. Testar as polaridades e averiguar a tensão. Talvez esse seja o momento de aferir nosso tesão.


Tralhas passadas serão descartadas do lado de fora da porta. As roupas atiradas em algum canto, a razão de mãos dadas com os limites ficarão sentadinhos em qualquer lugar.  E em um grande, confortável e aconchegante ambiente poderemos então, homem e mulher, centauro e feiticeira, viajante e sonhadora, entregarmo-nos sem medos, sem reservas,  sem chão algum e, no limiar de nossas forças ouvirmos os sussurros um do outro, intercalados com toques, beijos e olhares provocadores.

Terei prazer em existir para ti do jeito que me imaginas, sem contudo, abrir mão de minhas vontades. Espirituosa sempre, quero sentir leveza de espírito, curtir carícias, mãos, língua, toques, beijos... muitos beijos, saciar-me na boniteza de teus ternos olhares e do que meus olhos verão. Entretanto, é bom ir logo avisando, talvez queira mais que olhares. Minhas querenças andam muito sapecas. Fizeram amizades com a ousadia e juntas aprontam a maior bagunça.





























2 comentários:

Fernando 4:51 disse...

Muito mais que olhares, e o calor do corpo em sintonia sem esfriar o café.

Anônimo disse...

💭☕