Total de visualizações de página

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Como fazer amigos e influenciar pessoas na era digital - Resenha


O livro "Como fazer amigos e influenciar pessoas na era digital"  de Dale Carnegie & Associados de 230 páginas, é um clássico na linha motivacional, pois seu precursor de 1936, Como fazer amigos e influenciar pessoas  traz preceitos mundialmente reconhecidos e aceitos até hoje, tendo em vista que a arte de lidar com pessoas é realmente complexa e em muitas vezes, um grande desafio. A obra traz os preceitos e conselhos de meados da década de 30 redirecionados para a complexidade da era digital.
      Dividido em quatro partes, aborda na primeira, Os Princípios Essenciais, que se subdividem em: 1 -  Enterre seus bumerangues, ou seja, o hábito de criticarmos irrefletidamente sempre que estamos desgostosos com algo ou alguém. O essencial nesse momento seria, esfriar a cabeça e procurar colocar-se no lugar do outro, lançando um olhar mais observador capaz de apontar soluções e não apenas enxergar os defeitos.  
2 - Afirme o que há de bom, é preciso segundo o autor que as qualidades possam ser mais vistas que os pontos negativos, em outras palavras, valorização é o X da questão. Todos temos algo de bom, por que não nos esforçarmos então para que o que há de melhor em cada um se sobressaia? 3 - Conecte-se com desejos fundamentais, e esses desejos, é preciso lembrar que são bilateral. Não basta pensarmos em apenas realizar ou satisfazer aquilo que desejamos, para fazer amigos, ser bem sucedido profissionalmente ou em um relacionamento pessoal é essencial que nos preocupemos com o outro de maneira honesta, equilibrada e verdadeira, pois a vida é uma via de mão dupla.
     Na segunda parte intitulada Seis Modos de Criar uma Impressão Duradoura o roll de posicionamentos é mais longo, trazendo seis subdivisões: 1 - Interesse-se pelos interesses dos outros, complementando a parte final do capítulo anterior, 2 - Sorria, a candura de um sorriso verdadeiro é capaz de desarmar qualquer um. O autor afirma que até nossa voz ao telefone muda quando estamos sorrindo e, se somos capazes de contagiar quem está do outro lado da linha, imaginem o que um sorriso não é capaz de fazer quando estivermos frente a frente.  3 - O Poder dos Nomes, não seria necessário enfatizar que todos gostamos muitos quando somos chamados por nossos nomes em detrimento de apelidos, rótulos ou características físicas. Essa é uma atitude que demonstra não somente respeito pelo outro como também dignidade de nossa parte. 4 - A quarta regra é Escute Mais, para atingir esse grau de maturidade é preciso que se esteja intimamente ligado aos itens anteriores pois relacionar-se com o outro não é tarefa fácil, tampouco unilateral.  Um relacionamento de sucesso precisa ter escuta e interesse genuíno. Quem não consegue ouvir o que o outro deseja, quais seus dilemas ou suas ambições não consegue se interessar de fato pela outra pessoa. 5 - Discuta o que mais Importa para os Outros, só se consegue discutir, analisando, examinando, conversando, por isso, uma coisa complementa a outra. 6 - Deixe os outros um pouco melhores, essa é uma regrinha poderosa. Quando buscamos o melhor para o outro, como a lei do retorno, nos sentimos melhores também e, por conseguinte os relacionamentos fluem com mais facilidade.
     O terceiro capítulo, chamado Como Merecer e Manter a Confiança dos Outros, é mais denso que o anterior e inicia afirmando que é necessário que 1 - se Evite Discussões, ponderar e não querer ter sempre razão evita muitos desgastes e prováveis experiências sem sucesso. 2 - Nunca diga "você está errado", é a lei complementar da anterior, pois isso nos permite uma autoavaliação e por conseguinte o exercício da diplomacia, que abre tantas portas quantas forem possíveis imaginar. 3 - Admita Seus Erros Rápida e Enfaticamente, aqui, como no restante todo do livro, muitos exemplos vêm à tona para ilustrar o que se quer afirmar mas, uma frase de Vaynerchuk faz os leitores pararem e refletirem um pouco mais sobre o que nos dias de hoje já se tornou tão banal "O compromisso tem que ser sincero, ou não vai funcionar..."   4 - Comece de Modo Amistoso, aqui se mostra que é preciso às vezes baixar a guarda e confiar um pouco mais nas pessoas como o que afirmou Abraham Lincoln "eu não gosto daquele homem, preciso conhecê-lo melhor." 5 - Procure afinidades, na era digital em que se vive para muitas pessoas basta curtir, seguir ou compartilhar para se considerar amigo, mas e as afinidades verdadeiras, a aproximação real, o restante de tudo que foi visto até aqui, onde ficam?  6 - Renuncie ao crédito, não é preciso brigar com os colegas de trabalho, escola, parentes ou amigos por algo que você saber ter feito, dito ou escrito, a verdade sempre vem à tona, seja paciente e cultive as boas amizades. 7 - Envolva com Empatia, essa é a regra que está de mãos dadas com a última do capítulo anterior "deixe os outros um pouco melhor; 8 - Apele a motivos nobres, se não temos argumentos suficientemente convincentes para envolver o outro, que partamos então para os valores que cada um carrega, como aquilo que nos foi ensinado pela mãe, o que é reconhecido universalmente como o amor ao próximo, a solidariedade, enfim, a humanidade que há nas pessoas, sem contudo precisar brigar ou agredir.  9 - Compartilhe sua jornada, às vezes o aforismo "tristeza compartilhada é tristeza dividida" cai bem nas redes sociais. A ideia de compartilhar o que estamos sentindo, nossas alegrias, tristezas, conquistas ou decepções, doenças, perdas ou ganhos, nos torna mais sensíveis e próximos daqueles com quem muitas vezes só mantemos contatos virtuais. Isso nos permite mostrar que temos sentimentos e não que apenas agimos conforme o último modismo.  10 - Lance um desafio, é o subtítulo que encerra o segundo capítulo, nele, a proposta é que façamos ao outro aquilo que gostaríamos que os outros fizessem por nós em situações semelhantes; apresenta ainda a ideia de competição como mola propulsora para amizades mais longas e duradoras pois, o autor afirma que ao lançarmos um desafio, acabamos nos envolvendo mais com a outra pessoa e também aprendendo, além de contribuirmos de forma relevante para o crescimento pessoal do outro.
      No quarto e último capítulo, Como Conduzir a Mudança Sem Resistência Nem Ressentimento, a primeira subdivisão é              1  - Comece de modo positivo, pois mesmo nos momentos em que vamos criticar é preciso de cautela. Sugere-se aqui que se inicie uma crítica pelo elogio porque todos temos algo de bom e depois disso, em de seguir o intento com um "mas", que procuremos substitui-lo por um "e", isso provavelmente tornará a abordagem mais eficaz e não fará com que o elogio inicial pareça falso, forçado ou sem fundamento. O passo seguinte, 2 - Reconheça suas falhas, conduz a uma reflexão sobre como agir quando erramos, pois, ao reconhecermos nossos erros temos a oportunidade de mostramos quem somos verdadeiramente, fazendo com que a confiança do outro surja naturalmente e evitando que ele erga barreiras perante seus próprios erros. 3 - Aponte os erros com discrição é a parte que complementa a anterior. Aqui o autor afirma que nem sempre erramos por incompetência, mas, por às vezes não estarmos tão concentrados quanto deveríamos, por outros motivos e que falhas aparecem em todos os cantos e a qualquer momento, por isso, os erros devem ser tratados como casos isolados e recuperáveis e não como fracassos definitivos.   4 - Faça perguntas em vez de dar ordens, no terceiro capítulo há uma subdivisão que se liga a esse item, que é o "renuncie ao crédito. Ao fazermos as perguntas certas o outro acaba chegando onde queríamos sem que contudo tenhamos que impor nossa vontade, assim acaba parecendo que a ideia por algo a ser feito não foi nossa, ou ainda que o queríamos seja aceito sem que precisemos ordenar. Lembra-se aqui, que perguntas podem ser feitas com até menos de 140 caracteres, e isso pode acontecer mesmo por twitter ou sms. 5 - Revele suas falhas é o item que permite, através de muitos exemplos uma autoavaliação. Ainda que a outra pessoa esteja realmente errada, tudo que se consegue ao escancarar seu erro  é destruir o ego alheio mas, na era digital, permitir que os outros mantenham sua dignidade é crucial e por isso, quando também revelamos nossas falhas é mais fácil ajudar uma pessoa a se recuperar de um erro menor, vacilo ou gafe.       6 - Exalte coisas boas, elogio e incentivo são elementos essenciais na motivação de qualquer pessoa, diz o autor. E quem não gosta de ser admirado, elogiado e incentivado? 7 - Dê uma boa reputação aos outros e eles se esforçarão para mantê-la, as palavras realmente têm poder e, quando queremos mudar o comportamento de alguém um bom começo é mudarmos o nível de respeito com o qual a tratamos, ninguém gosta de perder aquilo que que já conseguiu ganhar.  8 - Procure interesses comuns, porque, no final das contas, a arte de influenciar e fazer amigos na era digital pode ser resumida da seguinte forma: manter-se conectado com outra pessoa é demonstrar interesses comuns.

Rosilda da Silva

Nenhum comentário: