Total de visualizações de página

terça-feira, 22 de maio de 2012

Atividade de Interpretação textual

 A VELHA CONTRABANDISTA de Stanislaw Ponte Preta


Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega – tudo malandro velho – começou a desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:
- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo e respondeu:
- É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas às vezes, o que ela levava no saco era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
- Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
- Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:
- Eu prometo à senhora que a deixo passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?
- O senhor promete que não “espaia” ? – quis saber a velhinha.
- Juro – respondeu o fiscal.
- É lambreta.
(Stanislaw Ponte Preta)



Interpretação do texto

1) O que a velhinha carregava dentro do saco, para despistar o guarda?

2) O que o autor quis dizer com a expressão “tudo malandro velho”?

3) Leia novamente o 4º parágrafo do texto e responda:

Quando o narrador citou os dentes que “ela adquirira no odontólogo”, a que tipo de dentes ele se referia?

4) Explique com suas palavras qual foi o truque da velhinha para enganar o fiscal.

5) Quando a velhinha decidiu contar a verdade?

6)
Qual é a grande surpresa da história?

7)
Numere corretamente as frases abaixo, observando a ordem dos acontecimentos.

(       ) O fiscal verificou que só havia areia dentro do saco.

(       ) O pessoal da alfândega começou a desconfiar da velhinha.

(       ) Diante da promessa do fiscal, ela lhe contou a verdade: era contrabando de lambretas.

(       ) Todo dia, a velhinha passava pela fronteira montada numa lambreta, com um saco no bagageiro.

(       ) Mas, desconfiado, o fiscal passou a revistar a velhinha todos os dias.

(       ) Durante um mês, o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.

(       ) Então, ele prometeu que não contaria nada a ninguém, mas pediu à velhinha que lhe dissesse qual era o contrabando que fazia.

Nenhum comentário: